No outro lado não há risos
Mesmo de dia,
quando o sol queima e a gente desespera,
sabes? podemos ver a lua
… mas é uma lua tímida, não sincera,
que não tem poemas nem romance.
No meu castelo
de rijo basalto negro,
no alto da montanha de que não sei o nome,
há dias assim,
em que não apetece olhar para além de mim.
Mas é nessas horas más,
quando Mozart e Haydn, em sinfonias breves,
ou mesmo Nat King Cole, doce e gutural,
são só o que há de belo
lá fora, onde tu não estás…
que a angústia é natural.
É nessa solidão também
que o vento traz palavras leves.
E eu fico bem.
quando o sol queima e a gente desespera,
sabes? podemos ver a lua
… mas é uma lua tímida, não sincera,
que não tem poemas nem romance.
No meu castelo
de rijo basalto negro,
no alto da montanha de que não sei o nome,
há dias assim,
em que não apetece olhar para além de mim.
Mas é nessas horas más,
quando Mozart e Haydn, em sinfonias breves,
ou mesmo Nat King Cole, doce e gutural,
são só o que há de belo
lá fora, onde tu não estás…
que a angústia é natural.
É nessa solidão também
que o vento traz palavras leves.
E eu fico bem.
Fechado em meu castelo.
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