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quinta-feira, 19 de março de 2009

Quartel dos Bombeiros de Quarteira

lançada a primeira pedra
Imagem: Foto da cerimónia do lançamento da primeira pedra – foto de arquivo da CML
Com (pouca) pompa e circunstância, realizou-se ontem a cerimónia de lançamento da primeira pedra para a construção do edifício do quartel de bombeiros municipais, em Quarteira.

Para o presidente da Câmara de Loulé, o quartel vai de encontro às necessidades de Quarteira que, “como cidade que é, tem de afirmar- -se nas infra-estruturas, nos equipamentos e nos serviços que justifi-ca e merece” e, segundo a nota de imprensa enviada, salientou que a localização desta unidade se situa “num local estratégico, bem servido em termos de acessibilidades, 'na interface' (sic) entre Quarteira e Vilamoura” (e nós a pensarmos que Vilamoura é, ainda, uma parte de Quarteira!).

Seruca Emídio disse ainda, segundo a mesma nota de imprensa, que a ideia de que Quarteira é um mau exemplo de urbanismo “se dissipou nos últimos anos e que, ainda na última edição de um semanário nacional, era apontada a qualidade de Quarteira comparativamente a muitas outras cidades do Algarve conhecidas pelo desordenamento urbanístico”.

E continua a nota de imprensa: “’temos trabalhado, reflectido, repensado estrategicamente o desenvolvimento da cidade de Quarteira’, disse o edil, apontando o plano de Quarteira Norte-Nordeste como um bom exemplo do que aqui está a ser feito em prol da requalificação dos espaços e criação de zonas verdes no coração da cidade, ‘oferecendo aos cidadãos de Quarteira uma qualidade de vida superior’”.

Como vem sendo hábito e oportunamente referimos, pela décima-milésima vez, a nota de imprensa realça as grandes obras de Quarteira: “a construção do complexo de piscinas, o centro autárquico, o ‘lançamento’ do centro cultural, a requalificação da frente mar entre Quarteira e Vilamoura, a requalificação e construção de escolas (a próxima será na Fonte Santa e uma outra está prevista para a zona de Vilamoura)”.

Segundo a nota, o autarca terá afirmado que “Penso que, num curto espaço de anos (sete, frisamos nós), não é possível fazer muito mais”.

Não?!!!...

Ah! E esqueceu-se de falar do prolongamento da avenida Sá-Carneiro!... Fica para a próxima!

O concelho de Loulé não nasceu há sete anos, tem muitos e muitos anos mas nunca teve um período de desenvolvimento, de afirmação, de respeito no contexto regional e nacional como tem actualmente” – disse Seruca Emídio, segundo a nota de imprensa.

É engraçado: não tínhamos dado por isso! Sobretudo, se olharmos para o (pouco) que tem sido feito em Quarteira, nestes sete anos!

10 comentários:

Anónimo disse...

É legitimo num Estado laico e Repúblicano a benzedura inaugural da Igreja Católica?

Para reflexão à malta do Calçãdão e outros.

Abraço
João Martins

Anónimo disse...

mas naquele buraco não estava previsto fazer-se um supermercado? enfim...

Anónimo disse...

gostei calçadão, é isso mesmo. Seruca prá rua e a luta continua.

Fernando

Anónimo disse...

O comentário do leitor João Martins é muito pertinente. Mas… talvez que neste caso… não o seja!!!
Deixem-me lá explicar, a ver se sou capaz de me fazer entender.

Não se compreende, e nem sei como é possível admitir que num Estado laico, republicano e “de direito” se misturem actos religiosos com actos oficiais e públicos, no maior desprezo pelas liberdades e direitos expressos na Constituição da República, com desprezo pelas opiniões alheias e mesmo raiando a ofensa para com os não crentes, ou crentes de outras religiões.
A Câmara de Loulé é useira e vezeira na forma insistente como mistura tudo. Mas isso “fica-lhe bem” na medida em que a define como uma autarquia que nutre o maior desprezo pelos cidadãos, pelas suas convicções e direitos.

Agora vou explicar a segunda parte.

Um senhor gordo vestido de branco que esteve lá nesse acto (com o qual se solidarizou com uma jovialidade infantil) parece que é padre e foi incumbido de fazer a benzedura da pedra e explicou-se muito bem:
Segundo disse, parece que é seu hábito fazer jogging (acreditam? Com aquelas banhas todas?!!!) e vai então gastar as suas energias com umas corridinhas à volta do actual chamado quartel dos bombeiros de Quarteira. E então, esse senhor gordo vestido de branco um dia resolveu questionar o Senhor. E disse-lhe assim:
- “Senhor meu Deus, como permites que numa cidade tão grande como Quarteira, haja um quartel de bombeiros tão pequenino?”
Vai daí, Deus entendeu a reclamação e resolveu atender as suas preces. E pronto: mandou fazer o novo quartel.

Portanto, a sua (dele, senhor gordo vestido de padre) presença ali era mais que justificada: foi por sua intervenção que Quarteira irá ter um novo quartel de bombeiros.

Escusa portanto o senhor médico vestido de autarca, Seruca Emídio, vir agora dizer que o quartel é obra sua, graças à sua rigorosa gestão dos dinheiros públicos. É mentira!

Anónimo disse...

Atao mas agora o padre na pode mandar uns borrifos de água benta para uma pedra, que mal é que tem?
A mim tanto se faz que se me fez, o que interessa é o resultado final, e não a benzedura.
Toda a gente sabe a tradição católica de um país que já vem dos tempos do estado novo, querem ver que agora ou nao benzia ninguém ou também tinhamos uma benzedura conjunta de um maomé, de um hindu, de um cristão protestante, de um evangélico, de um jeová, de um buda, de um feiticeiro africano... pensem e comentem!

Anónimo disse...

Num Estado Laico, Repúblicano, não confecional a presença da igreja católica numa inauguração pública é uma verdadeira subversão da democracia portuguesa. O resto são cantigas Papais.

Muito interessante o comentário do Tou-te-a-ver.

O que a gente fica a saber nos blogues.

João Martins

Anónimo disse...

a questão não é a religiosidade, é o poder da igreja, de uma agrupamento ou organização de poder paralelo que enriquece à pala da fé das pessoas, que manipula mentes e pessoas e que não deixa que se usem preservativos nem cá nem em Africa, Tribunal de Haia com essa cambada toda!

mas ainda assim respeito a religiosidade de cada um, hipocrisia não!

Anónimo disse...

mas não era um enterro?
o do Seruca?

Anónimo disse...

LOL, LOL
Que boa piada! O Calçadão não perdoa e o comentador Tou-ta-Ver estava lá concerteza.
Parabéns a ambos
LOL LOL

Anónimo disse...

Há gentinha a quem lhe dá muita comichão tudo o que diga respeito à igreja, e principalmente à igreja católica. Pelos exemplos que por ai pululam, é esta gente que quando casa uma filha anda desesperada para arranjar um padre, o mesmo acontecendo quando morre algum familiar. Que hipocrisia!

Hehe